segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Produtos avançados de glicação e adutos de DNA relacionados a estresse oxidativo e inflamação em modelo de ratos diabéticos

O diabetes mellitus tem sido considerado um dos problemas de saúde globalmente mais desafiadores do século 21, sendo as complicações crônicas da doença as responsáveis por esse quadro. Sabe-se que o diabetes promove estresse oxidativo, inflamação e a formação de produtos avançados de glicação não enzimática (AGEs), resultando em danos em diversas biomoléculas. Existe um contínuo interesse no desenvolvimento de métodos mais sensíveis para a quantificação de AGEs, de lesões devidas a estresse oxidativo e inflamação na vigência do diabetes, buscando novos biomarcadores para melhor compreensão dos riscos relacionados ao diabetes e monitoramento de estratégias terapêuticas. Para melhor compreensão do perfil de lesões em DNA que podem ocorrer em indivíduos diabéticos, neste trabalho analisaremos a formação de adutos de DNA em situação patológica de diabetes. Para tanto, serão quantificados em tecidos de ratos diabéticos, ratos diabéticos tratados com insulina e ratos não diabéticos para comparação, os adutos N2-carboxietil-2'-desoxiguanosina (CEdG); 1,N2-eteno-2'-desoxiguanosina (1,N2-[dGuo); 1,N6-eteno-2'-desoxiadenosina (1,N6-[dAdo); 8-oxo-2'-desoxiguanosina (8-oxodG); 8-nitro-2'-desoxiguanosina (8-NO2-dG); e 8-cloro-2'-desoxiguanosina (8-Cl-dG), relacionados aos processos de estresse oxidativo, inflamação e AGEs. O estudo permitirá a visualização mais ampla de lesões relacionadas ao diabetes no organismo, comparando-se à situação não patológica ou à de diabetes tratado, possibilitando também estratégias para o teste de drogas anti-AGE. (AU)

Fabiana Almeida dos Santos
Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Ciências Farmacêuticas

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Inibição da formação de carboximetil lisina e de Produtos Finais de ...

www.teses.usp.br/...13072012.../EricaMonaro.pdf 

A geração dos produtos de glicação avançada é um dos principais mecanismos desencadeadores das doenças associadas ao diabetes mellitus, que incluem cardiopatia, retinopatia, neuropatia e nefropatia. Esta revisão tem como objetivo analisar o papel dos produtos de glicação avançada presentes na alimentação como mediadores das complicações diabéticas e apresentar estratégias de redução de sua ingestão. Para tanto, foram realizados levantamentos em bancos de dados de publicações da área, dos últimos 15 anos, considerando-se artigos de revisão, estudos clínicos e experimentais. Os produtos de glicação avançada são um grupo heterogêneo de moléculas formadas a partir de reações não enzimáticas entre grupamentos amino e carbonilo, sendo a carboximetilisina e a pentosidina exemplos de produtos de glicação avançada identificados em alimentos e in vivo. Os produtos de glicação avançada ingeridos são absorvidos, somando-se aos endógenos no surgimento e na progressão das diversas complicações do diabetes, existindo uma correlação direta entre o consumo e a concentração sanguínea. Sua restrição na alimentação se correlaciona à supressão dos níveis séricos de marcadores de doença vascular e de mediadores inflamatórios diretamente envolvidos no desenvolvimento das degenerações diabéticas. As atuais orientações dietéticas centram-se na proporção em nutrientes e na restrição energética, sem considerar o risco da ingestão de produtos de glicação avançada formados durante o processamento dos alimentos. Recomendações simples, como a utilização de temperaturas baixas por períodos mais curtos, em presença de água, no preparo de alimentos, exercem efeitos importantes na prevenção das complicações do diabetes. O estudo dos mecanismos envolvidos na geração de produtos de glicação avançada e das propriedades anti-glicação de compostos presentes nos alimentos podem contribuir com a conduta terapêutica, concorrendo para a melhoria da qualidade de vida dos portadores dessa enfermidade.

http://www.nutricaoemfoco.com.br/pt-br/site.php?secao=ndown-artcient-diabe&pub=4959

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