A glicação, considerada um mecanismo fisiológico, lento e irreversível, afeta todas as proteínas do nosso corpo e ao nível da pele, a glicação desempenha um papel importante no processo de envelhecimento cutáneo. O colágeno e elastina são duas proteínas fundamentais dos tecidos de sustentação da pele e reagem com certos dicarbonilas dando origem aos chamados AGEs (produtos de glicação avançada). Os AGEs produzem o enrijecimento das fibras elásticas e essa glicação afeta a interação da matriz extracelular com as células da derme. Como o passar dos anos, há uma diminuição de fibroblastos causando uma alteração do colágeno e elastina. Isso torna o processo de regeneração e reparação da pele mais lenta.
Os efeitos patológicos dos AGEs estão relacionados à capacidade destes compostos de modificar as propriedades químicas e funcionais das mais diversas estruturas biológicas. Através da geração de radicais livres, da formação de ligações cruzadas com proteínas ou de interações com receptores celulares, os AGEs promovem, respectivamente, estresse oxidativo, alterações morfofuncionais e aumento da expressão de mediadores inflamatórios (Ahmed, 2005; Jakus & Rietbrock, 2004; Bierhaus et al., 1998).
A oxidação da pele produz um desgaste significativo ao nível celular, pois a oxidação danifica os ácidos nucléicos, proteínas e membranas lipídicas. Esta é a "teoria do envelhecimento por radicais livres, que foi descoberta em 1956 e, hoje, é aceita pela comunidade científica internacional. Os radicais livres são compostos que têm elétrons desemparelhados na camada externa, a molécula resultante arranca os elétrons que lhe são necessários da outra molécula, e assim começa a afetar milhares de moléculas. É o que é chamado de "cadeia oxidativa". Ocorre oxidação da pele.
Os efeitos patológicos dos AGEs estão relacionados com a sua capacidade de gerar radicais livres, formar ligações cruzadas com proteínas e interagir com receptores celulares. Estes compostos promovem, então, stress oxidativo, alterações morfofuncionais e aumento da expressão de mediadores inflamatórios. (BARBOSA, OLIVEIRA e SEARA, 2009)
AGEs acumulam nos tecidos em envelhecimento acelerando os processos degenerativos, inflamatórios e proliferativos. (J Webster et al., 2005)
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